NotíciasBons tempos

Bons tempos

Um texto de Roque Bispo Conceição, Roque de Boboso.

Não foi preciso ser um acadêmico da Academia de Agulhas Negras para perceber a importância que o Exército Brasileiro efetivou na minha formação individual e na minha formação como reservista. Naquela época, nos idos de 1961 a 1962, eu adquirir conhecimentos e valores, os quais pontuaram e pontuam a minha existência, fomentando o desenvolvimento correto da minha cidadania. Lá, eu aprendi a respeitar os cidadãos, a família, as instituições e a pátria. Valores como honradez, brio, nativismos, patriotismo, respeito hierárquico, disciplina e, sobretudo, amor à pátria foram dando novos matizes à personalidade do recruta que hora vos fala. Transformações, as quais ajudaram, de uma vez por toda, fortalecer o caráter em formação de um adolescente. Tudo isso foi possível, sem o ensinamento acadêmico, fruto, apenas, do trabalho competente do meu instrutor, o segundo sargento de infantaria, Idelfonso, comandante do TG – 114, da histórica cidade de Cachoeira-Ba. E de pronto, aqui, vai, os meus agradecimentos, ao glorioso Exército Brasileiro.

Eu não consigo entender, com todo respeito e lisura de propósito, como generais, ex-alunos da Academia de Agulhas Negras, homens forjados e lapidados com ensinamento específico para desenvolvimento da honrosa função submetem-se a uma situação humilhante e degradante, a qual enxovalha a si próprios, como também, a instituição da qual eles fazem parte. É difícil entender como as Forças Armadas do Brasil, principalmente o Exército Brasileiro permitem que oficiais generais da ativa ou da reserva sejam avacalhados por um presidente medíocre, incompetente e desajustado de acordo com os padrões éticos e morais. Os senhores comandantes ainda não entenderam que tal situação é fruto de uma brutal vingança, urdida por uma mentalidade mórbida e comportamento tacanho? Sim, é a maneira concreta de externar todo seu ódio e rancor nutrido pelas forças armadas. Qual foi a atitude de defesa perpetrada por ele, quando seus asseclas atacaram os generais com termos como: bananas engomados, traíra, traidor e Maria fofoca? Nenhuma. Não esqueçam os senhores, que ele é o presidente da república, o chefe supremo das forças armadas, quem manda e desmanda nas três instituições e nada fez em defesa de seus generais para não desagradar os assassinos de reputação membros do Gabinete de Ódio. Por que os generais não renunciam, entregando os cargos, para assim, resgatar o respeito, a dignidade, o amor próprio e a autoestima? Onde estão os valores e princípios, os quais captei, há sessenta anos? Por que este marasmo e subserviência remunerada? Alerta! Alerta! Ainda há tempo, suficiente, para o desembarque desta canoa furada e o salvamento da reputação de si próprios e de suas instituições.

Ouçam, por favor, o conselho do atirador Roque Bispo Conceição, número 48, nome de guerra Bispo, TG 114, Cachoeira – BA. Pelotão de Infantaria. Revejam os seus conceitos e valores, tomem uma atitude digna de um bom oficial. Ontem, as vítimas foram os generais Heleno, Santo Cruz, Ramos, Rego Barros. Hoje é Pasurello, subserviente mor. Amanhã serão Braga Neto, Fernando Azevedo e o almirante Barras. Eu não tenho a menor dúvida sobre este evento. Assim sendo, deixemos de lado os interesses pessoais, amor ao cargo e a subserviência remunerada e partamos juntos e misturados para evitar que este incompetente danifique mais ainda a reputação das Forças Armadas do Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

);