Com a palavra o mestre Mateus Aleluia

Quando assentamos na esteira o barco e as flores, a machadinha, a garrafa do mar de memórias, as velas e incensos soprados pela ancestralidade da voz pulsada em cada som da palavra cantada, recitada, por Mateus Aleluia, se revelou um Igbá. Nós atadxs ali em uma poética habitada à margem esquerda e direta do rio Paraguaçu, um encanto.

#botepoesianasuavida !

Foi na Igreja do Rosarinho, Sábado, dia 6 de maio, mediados pelo poeta João Vanderlei de Moraes Filho @escrevista, participantes e convidados do Poesia Ouvida tiveram a oportunidade de escutar a leitura afro barroca tocada pela experiência atlântica e diaspórica de @mateusaleluia .

Ouvir o mestre aprendiz Mateus Aleluia, sentir sua mensagem trazida/despertada em nosso ser. Um canto de libertação numa tarde de aprendizados e contemplação. Os enlaces evocados por ele, quando decalcava a África ancestral e angolana no Recôncavo e o Recôncavo nas várias Áfricas que chegaram aqui pelo Paraguaçu, desaguando poesia e histórias trazidas e nascidas nas cidades margeadas por nós todes.

Cachoeira e São Felix não são páginas da história, meramente. São Portos, destinados a… À força e sabedoria de muitos Africanos, essas duas cidades reúnem hoje em seu leito uma cultura inscrita no afro barroco lido, escrito e cantado por Mateus Aleluia, nosso convidado para abrir as Rodas de Conversas das Oficinas de Leituras, Escritas e Investigação Literária Poesia Ouvida.

O ‘Igbá’ de nossas poéticas não estão escritas exclusivamente nos livros, mas nos versos de cada passo tingido no tecido histórico dos elos, dos enlaces, das conexões que nos une às aguas desse rio afro barroco e nos reúne nessa Poesia Ouvida.

Poesia OuVida é uma realização da Portuário Atelier Editorial em parceria com o ILLER – Instituto Lítero-cultural de Leituras e Escritas do Recôncavo. Apoio Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de São Felix.

Patrocínio
Coelba, Instituto Neo Energia, Edital Transformando Energia em Cultura, Programa Faz Cultura, Secretaria da Fazenda, Secrataria de Cultura do Estado da Bahia.